Estudantes do 1° ano de diversas Unidades Escolares começaram as aulas em tempo integral; Diretora da EMEF Professor Laerte Ramos de Carvalho contou sobre a preparação da escola para recebê-los.
Após o período de férias, começou, oficialmente, o ano letivo. E a volta às aulas teve uma grande novidade! Diversas Unidades Escolares da Rede Municipal de Educação (RME) implementaram em suas grades o atendimento em horário integral.
Crianças do 1° ano que estudam no horário integral na quadra da Unidade.
Um exemplo de uma Unidade que atenderá os 1°s anos em tempo integral é a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Laerte Ramos de Carvalho, Unidade gerida pela Diretoria Regional de Educação de Santo Amaro (DRE-SA) e que terá que auxiliar os educandos em suas respectivas adaptações.
Juliana Mendes, diretora da EMEF, citou como o acolhimento é importante nesse momento de grandes mudanças:
“Na atribuição das tarefas de professores, foi enfatizado várias vezes que o processo de adaptação dos alunos não poderia ser ‘engessado’ e nem ‘estático’, Tínhamos que pensar como recebê-los da melhor forma possível para potencializar a criatividade e imaginação deles, além de dar lateralidade”.
Crianças brincando de “motoca” no pátio da Unidade.
Ela afirmou que, para isso, teve que repensar os espaços e até mesmo alguns conceitos da escola para garantir o bem-estar das crianças.
“Quando recebemos alunos em tempo integral, temos que rever concepções. Aqui não pode ser um ‘depósito de alunos’, tem que sempre ter uma proposta pedagógica por trás. Nós, por exemplo, decidimos, no Conselho de Escola, que o horário vai ser das 7h às 19h para já pensar a escola toda como integralidade. Além disso, determinamos que o início das aulas será às 12h30, ou seja, 30 minutos mais tarde do que o normal para haver o horário de almoço das crianças”, completou.
Juliana reiterou também a importância de ter feito uma reunião de acolhimento com as famílias dos novos estudantes no primeiro dia de aula para apresentar o espaço, o Projeto Político-Pedagógico e a logística da Unidade. Por consequência da reunião, a adaptação foi facilitada, já que o receio das crianças não se sentirem pertencentes ao território foi amenizado.
Crianças brincando no chão.
Porém, mesmo a escola tendo se preparado para receber os estudantes, a diretora valorizou a escuta ativa e alertou sobre o perigo do “adultocentrismo” na organização dos futuros projetos:
“A partir da nossa escuta, é lógico que podem aparecer novos interesses. Por mais que a escola se adeque, temos que ter um levantamento do que eles se interessam. Às vezes, nós [Equipe Gestora] temos que esperar a inserção das crianças e perceber a interação entre os sujeitos. Assim, sabemos qual é a demanda deles e podemos planejar os projetos de uma forma mais eficaz”.
“O maior desafio é receber todas as crianças e ter salas diferentes para todas, abrangendo todos os componentes. Temos que receber todos, estando atento às necessidades de adaptação para cada criança. Educação Integral e Equitativa é isso. O professor tem que estar preparado para se adaptar a essas dificuldades, tem que ter flexibilidade”, finalizou.
Estudantes durante atividade proposta pela professora na quadra.
André Martinez
Estagiário de Jornalismo
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