Linguagens
Linguagens
De acordo com a BNCC, compõem a área de Linguagens os seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa. O documento basilar reconhece que
“As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores culturais, morais e éticos.”
(BRASIL, p. 63, 2017)
Ressalta, ainda, que
“As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que os estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâmicas, e que todos participam desse processo de constante transformação.”
(Idem)
Neste sentido, o Currículo da Cidade procura alinhar-se às orientações da Base Nacional Comum Curricular, bem como recupera as contribuições dos Direitos de Aprendizagem dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral, buscando implementar percursos formativos que garantam a aprendizagem dos estudantes, a partir da sua própria realidade, incorporando as diversidades que compõem cada um dos territórios.
Educação Física
"o gingar do corpo das gentes nas ruas, seu sorriso disponível à vida; os tambores soando no fundo das noites; os corpos bailando e, ao fazê-la, desenhando o mundo".
(Paulo Freire)
“Desde 2007, documentos oficiais da Rede Municipal de Ensino entendem a prática da Educação Física como linguagem, fundamentando-se nos estudos culturais e pós-estruturalistas, os quais encontram sua grande produção nas universidades paulistas. A Educação Física na perspectiva cultural compreende em sua prática pedagógica que o corpo traz as marcas históricas dos sujeitos e da cultura. Assim, o movimento expressa intencionalidades e comunica e difunde os modos de ser, de pensar e de agir das pessoas. Cabe a essa perspectiva proporcionar aos diferentes estudantes a oportunidade de conhecer, ampliar e compreender em profundidade seu próprio repertório cultural e dos outros e perceber o patrimônio cultural elaborado ao longo do tempo, seja ele do universo particular dos sujeitos, seja de universos distantes, de modo que possam contribuir para a ampliação da experiência pedagógica e da aprendizagem.
A Educação Física escolar abre espaço, por meio da linguagem, para as ressignificações, para novas elaborações de representação com conteúdos mais democráticos, uma vez que equilibram as práticas corporais presentes, incluindo as que outrora foram ignoradas e excluídas do currículo na escola. Para além do saber-fazer e compreender esse fazer, é buscar outras formas de atuar no mundo com a/pela/na linguagem corporal; vai além da aula teórica em sala de aula ou da aula prática na quadra. É buscar em qualquer espaço uma relação com a linguagem corporal, conhecê-la, vivenciá-la e problematizá-la, além dessas convenções.”
(Currículo da Cidade: Educação Física, SÃO PAULO, p. 64 - 65)
Arte
No respirar e inspirar da vida está a Arte que a
integra. A arte está em todo lugar a se estender
por todo espaço e ambiente, transbordando o
currículo e a sala de aula.
(Sonia Fernandes)
"Em Arte, desenvolve-se a leitura da língua estética do mundo. Aproximamos os estudantes dos signos sonoros, visuais, gestuais, motores, textuais, táteis e verbais que engendram as linguagens artísticas e se estendem a outros campos da cultura, ou seja, da estesia de nossos sentidos à estética das criações. Podemos convidar os estudantes a ler a imagem de uma pintura renascentista e um anúncio publicitário digital, em momentos distintos ou comparando-os. O professor de Arte é o mediador que fomenta, facilita e fortalece o contato dos estudantes com a cultura que o cerca e com um repertório artístico que está à espera para ser descoberto ou desbravado.
Não há outro componente curricular que se debruce sobre a cultura em sua dimensão estética como a Arte. Ler, portanto, é um aspecto significativo da área. Contudo, sua abrangência é ainda maior, incluindo, por exemplo, a ressignificação, a expressão, a vigília criativa, a manipulação inventiva dos elementos que constituem as linguagens artísticas e as relações entre arte e vida, arte e sociedade, bem como arte e identidade."
(Currículo da Cidade: Arte, SÃO PAULO, p. 66)
Kit de Experiências pedagógicas
As EMEFs receberam o Kit de Experiências Pedagógicas de Arte, cujo objetivo é ampliar os saberes dos estudantes e proporcionar momentos de experimentação e descoberta durante as aulas de Arte. Além disso, o kit possibilita processos de interação, apreciação e criação, colocando em prática o que propõe o Currículo da Cidade.
Confira abaixo o documento Orientações e Possibilidades, que auxiliará o docente a pensar em atividades e sequências didáticas, que podem ser enriquecidas ou ampliadas pela utilização de mais esse recurso.
Língua Inglesa
“As aulas de inglês precisam ser concebidas como espaços de vivência e de experiências do diferente, da cultura outra, podendo assim possibilitar a participação informada do estudante para além dos muros da escola. As ações de ensino de inglês extrapolam a escola, permitindo uma ação transformadora da sociedade.”
(Profa. Mirtes Iamani Abe)
O Currículo da Cidade de Língua Inglesa “está pautado em concepções interacionistas de linguagem, língua e aprendizagem, além de destacar os conceitos de multiletramento, multimodalidades, hibridismo, plurilinguismo e interculturalidade, organizando os quadros de referência dos eixos estruturantes, dos objetos de conhecimento e dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, propostos para todos os anos do Ensino Fundamental (1º ao 9º), visando ao atendimento dos Direitos de Aprendizagem dos estudantes.
O documento valoriza a oralidade a partir das vivências do uso da Língua Inglesa em ambiente escolar, que procura explicitar habilidades envolvidas na interação discursiva, na formação dos laços afetivos, convivência escolar, na produção e compreensão de textos orais.
Os eixos estruturantes do componente de Língua Inglesa são apresentados em relação a um rol de práticas de linguagem específicas, para apoiar a contextualização dos objetos de conhecimento e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento propostos, com destaque para: a concepção de linguagem como prática social, a perspectiva dos (multi)letramentos, a visão de inglês como língua franca e os conceitos de interculturalidade.”
(Currículo da Cidade: Língua Inglesa, SÃO PAULO, p. 64)