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Ciclo de Alfabetização

O Ciclo de Alfabetização - composto pelos três primeiros anos do Ensino Fundamental - baseia-se nos conceitos orientadores: a Educação Integral, a Equidade e a Educação Inclusiva, sendo esses, princípios inalienáveis de todas as práticas educativas escolares. Nessa perspectiva, entende-se que a formação dos sujeitos, em toda sua complexidade, perpassa pela garantia dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos e todas, isto é, enfatiza-se com isso, que todas as pessoas têm o direito de aprender, considerando as suas especificidades e percursos individuais.

A ALFABETIZAÇÃO COMO PROCESSO DISCURSIVO

Compreender a linguagem como forma de interação entre os sujeitos tem implicações diretas na maneira de organizar o processo de aprendizagem. Se reconhecido como discursivo, as implicações são óbvias: alfabetizar também precisa acontecer em um espaço discursivo, ou seja, em um processo no qual se produza linguagem, interaja-se e comunique-se por meio das práticas sociais similares àquelas que se realizam nos contextos públicos, expandindo-se o espaço comunicativo para além do escolar. Além disso, nesse momento, a unidade linguística de base deve ser o texto. Mas deve ser o texto efetivo, que se realiza em práticas sociais, porque só dessa maneira é possível que o estudante constitua seus saberes sobre a linguagem verbal, seja escrita ou oral. Concebe se, assim, que os estudantes vivenciam situações de interação verbal desde a mais tenra idade. Nessa vivência, ocorre a apropriação de características das situações comunicativas das quais participam (festas de aniversário, cultos religiosos, conversas familiares, exibições de filmes, programas de TV e rádio, leitura colaborativa de jornais mediada por leitores experientes, entre outras).

A CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO DA RME

As pesquisas na linha psicogenética deslocaram o foco de investigação do “como se ensina” para o “como se aprende” e colocaram, no centro dessa aprendizagem, uma criança ativa e inteligente: um sujeito que pensa, que elabora hipóteses sobre o modo de funcionamento da escrita, porque está presente no mundo onde vive; que se esforça por compreender para que serve e como se constitui esse objeto e que aprende os usos e formas da linguagem que se usa para escrever, ao mesmo tempo em que compreende a natureza alfabética do sistema de escrita em português.

 

A alfabetização, visto como processo de apropriação do código somente, não contempla a complexidade que envolve o processo que cada um(a) de nossos(as) estudantes vivencia ao aprender a ler e a escrever. 

​Isso posto, cabe então salientar que o período destinado a alfabetização pressupõe olhar para o Sistema de Escrita Alfabético como um objeto de estudo, reflexão e aprendizagem e, não somente, como um código a ser codificado e decodificado. Diante dessa concepção, que enxerga a alfabetização como um movimento dialógico, acompanhar as aprendizagens e propor intervenções significativas são desafios vivenciados em cada espaço escolar.

 

Para subsidiar o trabalho dos professores e das professoras da Rede, também foram publicadas as Orientações Didáticas do Currículo da Cidade que, por sua vez, se propõem a articular os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento às práticas pedagógicas em sala de aula. 

Consulte aqui todo o material referente ao Ciclo de Alfabetização

cURRÍCULOS
Doc - Sondagem
Kits de Exp ped
Currículo
POA
Plano de Alfa
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