Atleta que representou o Brasil na natação nas Paraolimpíadas Rio 2016 foi chamada pela professora Rosemeire Pereira e encantou os estudantes com sua história
Regiane Nunes, ao centro, tirando foto com os estudantes do CEU EMEF Professor José Rezende.
Quanto vale um sonho? O que as pessoas são capazes de fazer para alcançar suas principais metas? O que seria capaz de frear seus impulsos para realizarem seus desejos mais profundos?
Vice-campeã de natação nos Jogos Parapan-Americanos de 2007 e 2019 e bronze na de 2011. Representante do Brasil nas Paraolimpíadas 2016, realizada no Rio de Janeiro. Esta é Regiane Nunes, atleta paraolímpica que foi conversar com os estudantes dos 4°s anos do CEU EMEF Professor José Rezende sobre suas experiências e a importância do esporte em sua vida.
Convidada por Rosemeire Pereira, professora da Unidade Escolar, Regiane, que também é nutricionista, discursou no palco do teatro e deixou as crianças extasiadas. Sua participação desdobrou um projeto interdisciplinar na escola, envolvendo Língua Portuguesa, Ciências Naturais e Educação Física. O professor desta última disciplina, inclusive, fez um circuito de Atletismo similar às Olimpíadas. O objetivo era promover a importância do esporte, alimentação in natura e estimular hábitos saudáveis na vida dos estudantes.
https://drive.google.com/file/d/1yMhi9yUvvosk2H190kqUNPXnnMSVmPfP/view?usp=sharing (Clique no link para acessar a imagem)
Regiane Nunes conversando com os estudantes e, ao fundo, o circuito de Atletismo na aula de Educação Física.
Ao se apresentar, explicou que a natação é sua paixão desde sempre. Quando tinha 15 anos, começou a competir e se deu muito bem. Conquistou campeonatos e passou a se destacar no ramo. Até que, um dia, tudo pareceu estar perdido.
A atleta explicou que nasceu com uma doença chamada glaucoma, a qual foi degradando sua visão com o passar dos anos. Hoje, ela é deficiente visual.
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Título da apresentação: “Eu sou tudo o que faço para ser quem eu sou”.
Repletos de curiosidade, os estudantes pareciam inquietos para saber mais sobre a história da nadadora. Desse modo, ela contou como teve que recomeçar na vida após perder a visão e sobre os diversos aprendizados durante este processo de sua superação. Aprendizados que, segundo ela, existem até hoje.
Além disso, falou sobre como o lado esportivo foi essencial para sua retomada:
“O esporte me trouxe diversas oportunidades que eu nunca tive. Depois que voltei a competir, passei a viajar pelo país, minha autoestima melhorou e eu comecei a me aceitar mais. Não foi fácil, mas o esporte transformou a minha vida de um jeito maravilhoso.”
Durante sua explanação, Regiane pontuou que também estudou em escola pública, assim como os estudantes ali presentes. Isso ficou tão marcado para eles que, ao final, quando puderam fazer perguntas diretamente para a atleta (uma espécie de entrevista coletiva), questionaram qual a relevância disso para o estudo público. Com muita modéstia e sinceridade, ela respondeu:
“É transformador, especialmente nas escolas públicas. Mas meu objetivo não é emocionar os estudantes, mas sim transformar a vida deles dizendo que tudo é possível. Qualquer sonho é alcançável, independente de onde você nasceu e dos obstáculos que surgem no meio do caminho.”
Ao final, as crianças estavam maravilhadas. Entregaram cartazes, cartas, desenhos e ovacionaram sua nova “xodó”. E Regiane, emocionada, exibia um sorriso “de orelha a orelha” que dizia mais do que mil palavras sobre sua felicidade e gratidão por estar ali. Foi um dia que aquelas crianças nunca irão esquecer. E nem Regiane.
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Regiane em êxtase com o carinho das crianças do CEU EMEF Professor José Rezende.
André Martinez
Estagiário de Jornalismo
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