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Foto do escritorDIPED SANTO AMARO

Estudantes da EMEF Professor Antônio de Sampaio Dória realizam projeto sobre pessoas migrantes

Atualizado: 7 de nov.

Orientados por Thaís Mendes, professora de História, projeto é interdisciplinar e também envolve Matemática, Geografia, Artes e Língua Portuguesa

Estudantes da EMEF Professor Antônio de Sampaio Dória mostrando as bandeiras dos países lusófonos desenhadas na aula de Língua Portuguesa para o projeto.


A migração, assim como diversas outras questões sociais, é um dos principais temas abordados nas escolas regidas pela Diretoria Regional de Educação de Santo Amaro (DRE-SA). Dessa forma, baseando-se no Currículo da Cidade: Povos Migrantes, Thaís Mendes, professora de História da EMEF Professor Antônio de Sampaio Dória, criou um projeto interdisciplinar com os estudantes: entrevistar as pessoas migrantes de seu convívio - da própria Unidade Escolar e também seus familiares - e, a partir disso, desdobrar diferentes atividades nas mais variadas matérias escolares.


Enquanto os estudantes realizaram as entrevistas na aula de História, em Matemática eles realizaram a estatística (gráficos, porcentagem e informação de dados) dos entrevistados e, em Geografia, o mapeamento dos estados de cada personagem.


Já em Língua Portuguesa, foi feita uma análise de cada entrevista e, também, a explicação da lusofonia no Brasil. Por fim, mas não menos importante, a matéria de Artes abordou a cultura de cada lugar.


Além de buscar dar destaque às pessoas da escola que vieram de diferentes lugares do Brasil e, hoje, moram em São Paulo, Thaís explicou que muitos estudantes são migrantes:


“Esse projeto é uma forma de eles tentarem criar uma identidade com a comunidade e entre eles mesmos. Como muitos vêm de fora [de São Paulo], talvez isso facilite a adaptação deles”.


Manuela Gomes e Ana Júlia Freitas entrevistando Cícera Siqueira, agente escolar da Unidade, vinda de Ibimirim, Pernambuco.


No “dia de repórter” dos estudantes, as entrevistas foram baseadas na trajetória dos migrantes: quando vieram para São Paulo, o porquê e se eles se adaptaram. Os próprios discentes que formularam as perguntas, sob supervisão da docente de História (que também é migrante, já que, apesar de ser paulista, morou muitos anos em São José dos Pinhais, no Paraná).


O grupo de Manuela Gomes e Ana Júlia Freitas e o de Nicolas Bryan, Pedro Miguel Silva, Pablo Henrique Soares, Pedro Henrique de Albuquerque e Luca Gomes foram dois exemplos. Enquanto as meninas conversaram com Cícera Siqueira, agente escolar, os garotos falaram com a professora do 5° ano, Gioconda da Conceição.


A primeira relatou que veio com os pais de Ibimirim, de Pernambuco, há muitos anos e já está completamente adaptada na cidade paulistana. Gioconda, por outro lado, é carioca, vinda da cidade do Rio de Janeiro. Ela contou que também já está em território paulista há muito tempo, mas teve dificuldade para se adaptar, pois veio com 2 filhos e sem conhecidos aqui na cidade; além disso, ela lamentou o fato de não ter tido apoio da família na época.


Dessa forma, as crianças puderam conhecer mais a fundo sobre as pessoas de seu convívio na escola e também aprender sobre como é a experiência de uma pessoa migrante. Isso tudo, claro, inserido em um contexto didático através de um método lúdico, o qual teve aprovação imediata dos estudantes, que se engajaram com a proposta e desenvolveram seu aprendizado.


André Martinez

Estagiário de Jornalismo

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