Além de discutirem os livros lidos, os docentes também debateram sobre a importância da literatura, abordando sobre a dificuldade da leitura hoje em dia
Educadores da EMEF Carlos Augusto de Queiroz Rocha reunidos para o 1° encontro do Clube de Leitura entre Educadores.
Reunidos na quadra esportiva da Unidade Educacional, 7 docentes deram início ao 1° encontro do Clube de Leitura entre Educadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Carlos Augusto de Queiroz Rocha. Sentados em um círculo, os professores André dos Reis, Carlos Eduardo Domingues, Gislaine Pires, Meleri Moysés e Roseane Paz, além do Coordenador Pedagógico (CP) Gabriel Messias e do diretor Geraldo Guedes Fagundes, discutiram sobre a importância daquele agrupamento, o qual ocorrerá semanalmente em espaços diferentes da sala de aula.
“Quando vamos falar de leitura, temos que ocupar outros espaços que não tenham compromissos técnicos e didáticos como a sala de aula. Precisamos associar a literatura ao entretenimento”, declarou o CP Gabriel
O clube segue a proposta de ação da Secretaria Municipal de Educação (SME) para as escolas, cuja temática deste ano é “São Paulo: Cidade Leitora”, que pretende incentivar a leitura e literatura para toda comunidade educacional.
“A leitura é uma prática que é muito enriquecedora para nós, enquanto seres humanos, antes mesmo de sermos professores e educadores. Se nós não praticarmos isso, vai ser um ensino vazio para os nossos estudantes”, disse a professora Meleri.
Na roda de conversa, livros como “Shinsetsu: O poder da gentileza”, “Óculos de Cor: Ver e não enxergar”, “Pacto da Branquitude” foram citados, gerando diálogos sobre a falta de empatia para com o próximo na sociedade contemporânea e também sobre o racismo e religiosidade.
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Professora Meleri falando sobre seu livro “Óculos de Cor: Ver e não enxergar”, de Lilia Schwarcz.
O CP, com o grupo, refletiu sobre os desafios da formação de leitores atualmente e reconheceram a importância da literatura para toda comunidade educacional.
“Boa parte dos estudantes quer ser leitor, mas a leitura e a literatura são desafios para eles. E nós, como professores, temos que ajudá-los”, afirmou o CP.
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Escuta dos professores da EMEF Carlos Augusto de Queiroz Rocha ao CP Gabriel.
Mas vale ressaltar que os desafios não se referem somente aos estudantes. A falta de tempo na rotina, por exemplo, é um dos dificultadores para que a leitura literária seja algo habitual entre os docentes. A professora Roseane concordou:
“Parece que a todo momento estamos sacrificando algo para fazer o que queremos”.
Questionados como superar esses desafios, Roseane finalizou:
“É importante termos um tempo livre para darmos atenção a nós mesmos, para fazermos coisas que gostamos. É uma questão de qualidade de vida”.
André Martinez
Estagiário de Jornalismo
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