Organizado pela DRE-SA, o evento teve como pauta “Compartilhando Princípios, Consolidando Práticas” e contou com a participação de mais de 180 Unidades Educacionais
Auditório do CEU Alvarenga para a X Jornada Pedagógica da Educação Infantil.
A Jornada Pedagógica é uma ação formativa que acontece na RMESP desde 2019. Este ano, conta com a 10ª edição, que ocorreu na semana de 24 a 28 de junho, evento organizado pela Diretoria Regional de Educação de Santo Amaro (DRE-SA), através da Divisão Pedagógica (DIPED) da frente de Educação Infantil.
Apresentações culturais, danças, recitação de poesias (algumas, inclusive, autorais) e contações de histórias. Discussões sobre a importância da escuta ativa dos educadores no desenvolvimento pedagógico, o protagonismo infantil na educação, a organização dos espaços nas escolas e salas de referência para as experiências educativas com as crianças e o compartilhamento de diversos projetos lúdicos que tiveram êxito em unir a teoria com a prática.
Destaca-se a grande importância formativa deste momento, a qual profissionais da educação terão a oportunidade de refletir com seus pares ao retornarem para as unidades, de modo que essa ação possa reverberar no aprimoramento da prática pedagógica com os bebês e crianças.
Bebê presente em um dos dias no auditório do CEU Alvarenga. Educação, de fato, infantil.
Na abertura do encontro, a diretora geral da DRE-SA, Carolina Droga, destacou que esta ação de 5 dias reúne mais de 6 mil educadores e valorizou a potência disso:
“Essa semana serve para valorizar o que é feito dentro das escolas que potencializam a nossa Educação e, consequentemente, os nossos estudantes”.
As exposições ocorreram, concomitantemente, em dois polos: nos anfiteatros dos Centros de Educação Unificados (CEUs) Alvarenga e Caminho do Mar. Mais de 180 Unidades Educacionais participaram e puderam exibir práticas que podem servir de inspiração para as demais unidades.
Acompanhe abaixo todas as apresentações da X Jornada Pedagógica da Educação Infantil: Compartilhando Princípios, Consolidando Práticas, sediada nos polos Alvarenga e Caminho do Mar.
CEU ALVARENGA
24 de junho
A X Jornada Pedagógica foi aberta com o acolhimento estético do CEI Sakura, que apresentou uma dança venezuelana chamada Joropo, enquanto que, à tarde, as bailarinas da escola Julia Gama agraciaram a todos com um belo espetáculo. Em seguida, Renata de Paiva, professora da EMEI Dr. João de Deus Bueno dos Reis, apresentou o relato de prática “Ressignificando os Registros das Vivências das Crianças”. O relato traz transformações na rotina das crianças da turma 7D, como ideias para se refrescar no calor, que reverberou em um livro, escrito pelas crianças.
Equipe do CEI Sakura dançando Joropo, dança venezuelana.
Dando sequência aos relatos da EMEI João de Deus Bueno dos Reis, a Coordenadora Pedagógica (CP) da Unidade, Márcia Lopes, mostrou o projeto Cartas de Intenção, o qual evidencia a escuta e participação das crianças na EMEI. O projeto permite que os estudantes expressem seus desejos em parceria com a equipe gestora, sendo isto “uma espécie de indicador de qualidade da escola”, segundo Márcia, que fez relação aos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana.
Renata de Paiva, professora da EMEI Dr. João de Deus Bueno dos Reis, mostrando o livro escrito pelas crianças, fruto do projeto Ideias para se refrescar no calor.
Depois, o Professor Doutor Cristiano Alcântara fez uma palestra intitulada “Quando o cotidiano na Educação Infantil vira uma Caixa de Pandora”, na qual refletiu sobre o cotidiano e o extraordinário e propôs ideias para serem inseridas na rotina escolar e mediou o relato da escola.
Professor doutor Cristiano Alcântara.
No período da tarde, as professoras Rosiane Francisca da Silva e Mirian Maria de Melo Silva, do CEU EMEI Caminho do Mar, socializaram a proposta de organização da sala de referência, apresentando o projeto Convite do Brincar, também com a mediação do Professor Doutor Cristiano.
Professoras Mirian Maria de Melo Silva e Rosiane Francisca da Silva apresentando o projeto Convite do Brincar.
25 de junho
O segundo dia de Jornada foi iniciado com o acolhimento estético do CEI Parque Dorotéia com a dança africana da música "Jerusalema” e o Luquinhas realizando um cover do Michael Jackson.
Tivemos dois relatos de práticas. O primeiro foi a apresentação da professora Luciana Novais, que contou das experiências das crianças com o Projeto Conta mais um pouquinho, que se desdobrou em lindas obras de artes das crianças e produções, como canecas, mochilas, agendas, bolsas, estampados com desenhos delas. Além dela, a professora Elba Pereira, do CEI Caminho do Mar, falou sobra a importância da Literatura Africana na primeira infância, trouxe o projeto desenvolvido com os bebês e crianças, Literatura Negro Afetiva, trazendo a leitura de narrativas pretas como representatividada dos bebês e crianças da sua unidade.
Para mediar esse relato, tivemos a formadora da DRE-SA, Claudia Gonçalves, trazendo a leitura como estética, o papel do professor como mediador da leitura, dar acesso aos diversos tipos de literaturas, e como cada um é tocado de uma forma singular.
No período da tarde, as professoras Cristiane Pereira dos Santos, Edilayse Caetano e a ATE Susana Maria de Medeiros, todas da CEI Vila Missionária, compartilharam o projeto “Escutas e Diálogos: Rádio/Podcast e Boletim do CEI”, feito pelas crianças e organizado por elas desde 2020.
Professoras Cristiane Pereira dos Santos, Edilayse Caetano e a ATE Susana Maria de Medeiros, todas da CEI Vila Missionária.
O relato foi mediado pela Sara Machado do Instituto Olinto, que trouxe excertos importantes sobre a documentação da RMSP e fez a conexão com orelato de quanto é importante a escuta e participação das crianças na construção da autonomia. Para finalizar o dia, tivemos uma fala muito sensível da Cris Ramirez, também do Instituto, ela trouxe uma sensibilização sobre o amor próprio e o quanto é importante o auto cuidado para o professor estar pleno para desenvolver um bom trabalho com as crianças.
26 de junho
As apresentações culturais do 3° dia do encontro neste polo ficaram por conta do contador de histórias Rodrigo Libânio e do grupo de Dança Back Spin.
O contador de histórias, Rodrigo Libânio.
Em seguida, tivemos o relato de prática da professora Janaína Oliveira Silva, professora da CEI Maria do Carmo Pazzos Fernandez, que apresentou o Projeto Maracujá. O trabalho teve como ponto de partida a curiosidade das crianças, em que elas começaram a pesquisar sobre o maracujá, que reverberaram em diversas vivências, até a ida ao mercado do bairro.
Na sequência, a Professora Doutora Suely Amaral abordou a temática da função social da escrita a partir da Educação Infantil, considerando que as crianças são sujeitos ativos e devem ser tratadas como tal.
No final do dia, mediado por Suely Amaral, duas docentes da EMEI Sylvio de Magalhães Figueiredo comentaram a respeito de seus projetos: Regiane Dias Rodrigues falou sobre a escuta ativa, que atua como norteadora do trabalho pedagógico, enquanto Márcia Aparecida Gomes de Faria e Débora Carvalho da Silva apresentaram o projeto Semear com Amor para Colher Respeito, destacando a importância de planejar com as crianças
27 de junho
Vinícius Medrado, harpista solo, começou o dia com sua performance “Harpa Popular Brasileira”, tocando clássicos da MPB. No período da tarde tivemos Silvana Perin e sua apresentação de dança com o grupo “Peneirando”.
Vinícius Medrado, harpista solo
Para encantar a todos os presentes, a professora Ieda Maria Herculano Correia, da EMEI Borba Gato, divulgou o projeto Nossos Tesouros, contando como foi o percurso de trabalho com as crianças e produzindo uma caixa dos tesouros da natureza. O relato da unidade foi mediado pela formadora da DIPED, Renata Lopes, e a formadora de SME, Paloma Cruz. Elas falaram sobre o currículo de Educação Ambiental, e da importância das crianças conheceram os elementos da natureza que a escola tem a função de reconectar as crianças com esses elementos, tomando esse documento como norteador dos trabalhos.
No período da tarde, tivemos dois relatos iniciados pelo CEI Maria Aparecida Jerônimo, com as professoras professoras Gerusa Miranda Maia e Katielle Bispo Sabino, mostrou o trabalho Vivências Significativas e Contextualizadas à Luz da Lei 10.639/2023 e 11.645/2008, referentes ao desdobramento da Educação Antirracista nas Unidades Educacionais, tema discutido na IX Jornada Pedagógica da Educação Infantil.
O segundo relato do dia foi das professoras Denise Ferreira da Silva e Mabele Kukli Paixão, do CEI Jabaquara, que compartilharam a atividade intitulada Cada um é de um jeito, Cada um tem seu jeito, O importante é o respeito.
Os relatos da tarde foram mediados pelo Professor Valter Silveira, pesquisador do transnacionalismo negro e diáspora africana, o qual fez colocações importantes para uma educação antirracista e compreensão dos valores das culturas das crianças, buscando uma escola mais atrativa. Ele também comentou que, em breve, será apresentado o documento Rede Formando Rede: Desvelando práticas e traçando caminhos para uma educação antirracista, com indicações e orientações para a SME, DREs e Unidades Educacionais. O professor saiu encantado com tudo que viu na jornada.
28 de junho
No último dia da grande ação formativa organizada pela DRE-SA, Rodrigo Libânio voltou com a sua contação de histórias e arrancou diversas risadas do público presente. À tarde, a professora Priscila Vanni encantou a todos com uma linda apresentação de ginástica rítmica.
Contexto organizado pelo CEI Caminho do Mar.
As professoras Rosiane Francisca de Almeida e Valquíria de Macedo, do CEI CEU Caminho do Mar, apresentaram o relato de prática sobre o movimento livre chamado “A construção do olhar sensível do (a) professor (a) em relação ao movimento livre dos bebês”. O relato foi mediado pela Formadora/ Assessora de SME, Elaine M.da Silva, mediou o relato da unidade, falando sobre a importância da construção da identidade das crianças, conhecendo a história de cada um, também trouxe o resgate sobre a criança interior, para que esse educador esteja inteiro para a criança.
Para encerrar a Jornada nesse polo, as professoras Deise Cerqueira e Andreia da Silva, do CEI Maria Aparecida Jerônimo, apresentaram o projeto “Mãos que Falam: Promovendo a Comunicação com a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) Inclusiva no CEI”. Elas trouxeram como o projeto foi se desdobrando de acordo com os interesses das crianças, no início a pretensão era ensinar um sinal por semana e elas pediam cada vez mais até que chegou na média de um três sinais por dia.
O relato foi mediado por Kelly Lopes, integrante do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (CEFAI), que falou sobre o trabalho que o CEFAI desenvolve com as crianças da Educação Inclusiva da DRE- SA e trouxe a importância do trabalho com a diversidade. Ela ressaltou que, mesmo que a Unidade não tenha esse público, desde cedo as crianças vão aprendendo a conviver com as diferenças.
Professoras Deise Cerqueira e Andreia da Silva, do CEI Maria Aparecida Jerônimo.
CEU CAMINHO DO MAR
24 de junho
No outro polo da X Jornada Pedagógica, a abertura foi feita pelo CCA Tiãozinho, que apresentou um belo espetáculo de dança. Na sequência, as professoras Rosiane Francisca e Valquíria de Macedo, do CEI CEU caminho do Mar, apresentaram o relato “A construção do olhar sensível do (a) professor (a) em relação ao movimento livre dos bebês”. Elas destacaram a importância de ressignificar a sala de referência e a atitude docente, favorecendo o pleno desenvolvimento dos bebês, de modo que possam deslocar-se com autonomia e conquistarem por si só seus movimentos, tendo a segurança afetiva do adulto de referência.
Apresentação cultural do CCA Tiãozinho.
No período da tarde, o CEI O Pequeno Seareiro apresentou o Jornal da Unidade, projeto que nasceu no período da pandemia e as professoras Gizela Castro Dias, Kelly Menezes, Rachel Netto, Telma Franco de Souza e Yasmin Abdo, deram continuidade, como forma de comunicação com a comunidade escolar.
Professoras Gizela Castro Dias, Kelly Menezes, Rachel Netto, Telma Franco de Souza e Yasmin Abdo.
Ambos os relatos contaram com a mediação da Formadora da SME Shirley de Oliveira, a qual pôde articular a teoria com a prática.
25 de junho
No dia seguinte, o CCA Tiãozinho novamente foi o responsável por entreter a plateia, desta vez com uma performance de ballet. Em seguida, os professores Leonardo Brandão Sena, Camila Pontes Calado da Silva e Larissa Fernanda Vilares da Costa, todos da CEI Onadyr Marcondes, apresentaram a proposta “ ‘Quem Anda nos Trilhos É Trem de Ferro, Sou Água que Corre Entre as Pedras: Liberdade Caça Jeito’ (Manoel de Barros) O que Estamos Aprendendo com os Bebês Pequenos e Pequeniníssimos sobre o Desemparedamento da Educação Infantil”.
Professoras Camila Pontes Calado da Silva e Larissa Fernanda Vilares da Costa e professor Leonardo Brandão Sena da CEI Onadyr Marcondes, durante apresentação.
Bebês e crianças têm direito de estarem em todos os espaços da unidade. Conhecer a comunidade e fortalecer os vínculos com as famílias, faz parte dos princípios construídos pelos profissionais deste CEI.
O período da tarde contou com a apresentação do CEI Arco-Íris, que trouxe para reflexão o momento de alimentação, com o relato "Reconfiguração e Ressignificação dos Momentos de Alimentação". O grupo responsável era formado pelas educadoras Adriana Gonçalves da Silva Boer, Rackel Araujo Vieira, Camila Carneiro Alves, Elma Manoela da Silva Torres, Marisalva Santos Rios, Elissandra da Cruz Macedo, Lais da Costa Ferreira Sousa, Rosemeire Andrade Monteiro e Alana da Silva Santos e as nutricionistas Lígia Cardoso e Helena Novaretti.
Os momentos de alimentação foram disparadores para reflexão nesta UE. Como estratégia formativa, a equipe gestora buscou sensibilizar as professoras a partir da memória afetiva de modo a reverberar em ação junto aos bebês e crianças. Assim, ressignificaram o espaço e as relações, sendo que atualmente bebês e crianças têm garantido o tempo de alimentação conforme seu ritmo e necessidades.
26 de junho
Dando sequência ao super evento da divisão da Educação Infantil, o 3° dia foi repleto de apresentações. O CCA Mamãe “abriu os trabalhos” com uma apresentação de percussão chamada “Reciclar é Viver” e foi seguido pelas professoras Geisiele de Jesus Santos e Leimara de Freitas Apolinário, do CEI Luz do Saber. Elas expuseram o projeto “Novas Leguminosas Foram Inseridas no Cardápio, e agora?”.
Professoras Geisiele de Jesus Santos e Leimara de Freitas Apolinário, do CEI Luz do Saber, durante a exposição.
O segundo relato foi da CP do CEI Abayomi, Thays Moreira Aguado Gomes, apresentando o relato: “A Reinvenção da Ação Docente no Contexto da Alimentação”. Ela explanou acerca da importância da ação formativa para a transformação da prática e ressaltou que passaram por um processo e, atualmente, as professoras alimentam os bebês no colo e os que se deslocam sozinhos, sentam-se a mesa, na companhia de colegas e professora.
Conceber o momento da alimentação como prática educativa que também envolve o cuidar, é compreender a função social do ato de alimentar-se. Deste modo, as unidades apresentaram possibilidades de aprimorar o momento da alimentação, de modo a respeitar os ritmos de bebês e crianças e aproximá-las de alimentos que não estão habituadas a comerem.
O período da tarde também contou com dois relatos. O primeiro foi com o CEI Lar da Bênção Divina, em que Edna Fernandes Fonseca apresentou o projeto “Ampliando os Conhecimentos Histórico-Culturais dos Povos Indígenas”. Já o segundo foi do CEI Cruz de Malta, no qual docentes Fabiana dos Reis Ferreira, Daiana de Fátima Lopes da Silva, Jaqueline da Silva Domissiano e Kelly Alves do Santos Silva trouxeram o projeto “Amazônia: O Berço da Vida”.
Ambos os relatos contaram com a mediação da Formadora da DIPED, Mônica Batista, que trouxe reflexões acerca da terminologia (Índio/ Indígena), sobre questões de estereotipia e sobre a necessidade das práticas desde a infância abordarem os indígenas reais, considerando as diferentes culturas que os envolvem.
27 de junho
Já no penúltimo dia, o público presente no auditório do CEU Caminho do Mar apreciou a apresentação cultural da AEL da EMEF José Rezende, intitulada “Malala: Pelo Direito de Lutar”, na qual os estudantes leram poemas escolhidos por eles mesmos, incluindo alguns autorais.
Estudantes da AEL da EMEF José Rezende.
Após a magnífica performance, foi a vez da equipe da EMEI Cruz e Sousa brilharem. Em um primeiro momento, o diretor Marcos Manoel e a CP Viviane Vieira falaram sobre “A Organização dos Tempos e Espaços a favor das Experiências Infantis”, em que destacaram que os espaços também são educadores. Além disso, compartilharam as transformações ocorridas nos últimos anos referentes aos ambientes da Unidade e o modo de organização para a ressignificação dos espaços e a consequente potencialização das atividades lúdicas das crianças.
A participação do professor Leonardo e da professora Luana evidenciaram a importância de transpor os muros da unidade e da articulação com famílias e comunidade, o espaço não se restringe ao ambiente escolar, está para além dos muros da escola.
https://drive.google.com/file/d/1eYR-LhafrT1UWCUjLCW-fcrMKU-mmyhy/view?usp=sharing Marcos Manoel (diretor) Viviane (coordenadora) Luana e Leonardo (professores).
Para fechar o período matutino, a professora doutora Marta Scarpato abordou sobre a Educação Integral e afirmou que “se alguém acredita em Educação Integral, essa pessoa acredita no ser humano e nos diversos aspectos de sua integralidade”. A professora discutiu sobre a arquitetura escolar e de como alguns espaços das escolas ainda estão inseridos na educação tradicional.
https://drive.google.com/file/d/1URbE-BtcvR8ba9kbxgZjX2lWdm2YVT8P/view?usp=sharing Professora Doutora Marta Scarpato falando sobre Educação Integral.
No período da tarde, continuamos com relatos da EMEI Cruz e Souza. Dessa vez, as professoras Fernanda Gouveia, Valquíria Araújo e Vanessa Aparecida, juntamente com a CP Viviane, dissertaram sobre “O Atendimento às crianças com deficiência e o TEA: entre urgências, possibilidades e desafios”.
Durante o diálogo foi ressaltado a importância do processo formativo que envolveu situações práticas para o atendimento às crianças com deficiência/transtornos e organizar práticas que materializem as aprendizagens docentes. A unidade apresentou estratégias que utilizaram no atendimento às necessidades e individualidades de cada criança.
O relato foi mediado com a participação de Carla Mauch, uma das fundadoras e coordenadoras da “Mais Diferenças”. A mediadora ressaltou o trabalho potente da EMEI e pontuou sobre a concepção de criança potente e que aprende quando é respeitada e compreendida em sua individualidade. A deficiência/transtorno não pode ser impeditivo para a garantia de direitos e do reconhecimento da diversidade humana.
Carla Mauch apresentando.
28 de junho
O último dia neste polo iniciou com uma apresentação musical do Projeto Guri, com direito, inclusive, a um coral.
Apresentação de integrante do Projeto Guri.
Após o acolhimento estético, a professora Márjore de Freitas Araujo, da EMEI Jardim Americanópolis, apresentou dois projetos trabalhos que desenvolve com seu grupo: o Jornal do Tigre e o projeto “Conte uma História”. O primeiro é um compilado mensal das atividades feitas pelas crianças da turma 7G, incluindo o Projeto Político-Pedagógico.
O segundo é sobre a construção conjunta de livros totalmente elaborados pelas crianças que são responsáveis pela criação das personagens, do enredo e das ilustrações. Até agora, foram feitos três livros: “Onisbaldi, a aventura das crianças” (com lápis de cor e canetinha), “O livro dos coelhos” (com massa de modelar) e “A escola dos ursos” (com tinta). A proposta apresentada pela professora evidencia o uso social da leitura e escrita desde a educação infantil e marca a autoria e protagonismo das crianças na construção de seus saberes.
Professora Márjore de Freitas Araujo, da EMEI Jardim Americanópolis, apresentando o Jornal do Tigre e o projeto “Conte uma História”.
Para encerrar o incrível evento, Cláudia Gonçalves, formadora da DIPED, protagonizou apresentação intitulada “Perspectivas na Formação de Leitores (as) e Mediação Literária: eu, Elas (es), Nós”, na qual falou sobre o que é literatura e como ela está presente nas nossas vidas, mesmo sem que percebamos. A formadora finalizou ressaltando a importância do livro encantar a criança, seja através do enredo ou do modo de contar a história.
Cláudia Gonçalves, formadora da DIPED.
No período da tarde, o CEI Algodão Doce, representado pela professora Thais dos Santos e pela CP Vanessa Bezerra, compartilhou o projeto “A Reinvenção Docente”. Inspiradas em situações formativas, como o Seminário/2023, organizado por DIPED/DRESA - frente de educação infantil, em que foi apresentada a proposta “Convite do Brincar. A ressignificação da sala de referência de crianças do mini-grupo II, promoveu a organização de um espaço lúdico, acolhedor, desafiador e para aprendizagens infantis.
CP Vanessa e professora Thaís.
O relato contou com a mediação da formadora e assessora Elaine da Silva que evidenciou a importância da ressignificação da prática docente na primeiríssima infância e seu potencial para favorecer o desenvolvimento e aprendizagem de bebês e crianças.
Contexto organizado no auditório do CEU Caminho do Mar.
André Martinez
Estagiário de Jornalismo
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